sábado, 4 de julho de 2009

Caça predatória ameaça espécies de tartaruga na Amazônia
Estudos realizados pela bióloga Érica Cristina Padovani Haller constatou que duas espécies de tartarugas que habitam a floresta amazônica estão ameaçadas pela caça predatória e desordenada, na região da Reserva Biológica do Rio Trombetas, no Pará: a Podocnemis sextuberculata e a Podocnemis unifilis, popularmente conhecidas como pitiú e tracajá
De acordo com a pesquisadora, o consumo de ovos e carne de tartarugas é hábito entre as populações indígenas e quilombolas da região, que estão caçando os animais sem qualquer tipo de controle ou preocupação ecológica. “A tracajá e a pituí estão sendo predadas tanto quanto a tartaruga-da-amazônia. Suas populações estão declinando visivelmente na região”, alerta. Segundo Érica Heller, é preciso aprimorar a fiscalização e encontrar alternativas sociais para que os habitantes locais reduzam a predação sobre os quelônios. Para ela, a construção de criadouros é uma das possibilidades mais viáveis: “com eles, a comunidade poderia continuar com a exploração das tartarugas, porém de maneira sustentável e mais benéfica para todos”. O trabalho também chegou a outras conclusões que podem ajudar na preservação das duas espécies, como a correlação entre o comprimento da carapaça de fêmeas de pitiú com o número, peso e volume dos ovos da ninhada. O estudo foi realizado durante o período da desova e os resultados das pesquisas estão na dissertação Aspectos da biologia reprodutiva de pitiú e tracajá, defendida pelo Instituto

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